Salão 2 Rodas - A injustiçada nova Twister

Um dos lançamentos mais controversos do salão 2 rodas, com certeza foi a nova Twister, sendo a detentora do maior número de descontentes e zoações, devido ao seu aparente retrocesso quanto a sua antecessora CB300. Mas, será que ela realmente piorou?


Em um ponto, eu devo concordar com a maioria das reclamações, a moto está sem uma identidade visual do modelo, sendo muito próxima da sua irmã maior CB500, como também da sua irmã menor CG160, para os menos entendidos, vai gerar uma certa confusão quanto aos modelos, e passará despercebida diante de muitos olhares.


Mas deixando de lado o visual, que é algo muito subjetivo, e mesmo acompanhando os comentários das pessoas a respeito do lançamento desta moto, alguns acharam bonito, então, desenho não é algo para ser usado na qualificação de uma moto, pois é relacionado a um gosto pessoal e não a motocicleta em si.

Na parte técnica, novamente, muitas reclamações devido ao sua diminuição de cilindrada, e, consecutivamente de potência, deixando os 26cv da CB300 para 22cv na sua sucessora. Mas convenhamos que o motor de 291cc da Honda é o mais controverso dentre todos os que a marca já produziu, com péssima fama, relacionada a problemas recorrentes de trinca de cabeçote e vazamentos de óleo. Então, neste quesito, pelo menos eu, preferiria muito mais correr o risco ao testar um novo motor, do que adquirir algo que acredito ser problemático.


Mas pra mim, as supostas desvantagens acabam por ai, pois o restante de componentes desta motocicleta são, no mínimo de igual qualidade, e com pelo menos 4 melhoras técnicas, sendo elas, o quadro diamante em treliça (ou dupla trave), o câmbio com 6 marchas, amortecedor traseiro com estágio duplo, e os pneus radiais.


 De todas as melhorias, meu destaque vai para o quadro, pois se torna o de melhor tecnologia da categoria (exclui-se Z300 e MT03, pois estas estão acima), atribuindo maior leveza e rigidez ao modelo, quando comparado com sua antecessora. O câmbio de 6 marchas pode trazer uma melhor eficiência no uso do motor, sendo melhor adaptável tanto ao trânsito urbano quanto a rodovias, e as duas últimas, amortecedor traseiro e pneus, trazem maior conforto e segurança.


 Pode parecer bobagem minha, mas sempre reclamei das tampas do tanque de combustível, da antiga fazer, CB300, CG, dentre outras por possuírem desenho muito arcaico e ao meu ver, feios. Ainda bem que praticamente todas as marcas estão passando a adotar a tampa em um novo estilo, que por muito tempo já equipa as motos esportivas, mais prático e bonito.


Acredito que a grande expectativa quanto ao lançamento da CB300F, modelo que a honda comercializa em outros países, fez com que a decepção tenha sido quase que generalizada quanto ao lançamento desta nova Twister, mas olhando a fundo o modelo, realmente não enxerguei nada que a desabonasse frente a sua antecessora CB300, aliás, só vi melhorias em alguns pontos.

Deixando de lado a refrigeração a ar, que ao meu ver não deveria existir nem nas motos 150 comercializadas aqui no Brasil (opinião sobre refrigeração a ar aqui: Refrigeração líquida - por que não?), apenas 3 pontos não me agradaram nesta motocicleta, sendo eles: O excesso de plásticos, principalmente o que imita os quadros de moto esportiva, aba de tanque gigante e por ai vai, acredito que apenas aumenta o peso da moto com algo desnecessário; A pintura prata do motor e acessórios, que ficariam muito mais bonitos na cor preta; E por último e mais crítico, a falta de link na suspensão traseira.

Mas em uma análise geral, pelo menos pra mim, uma moto que cumpre bem o papel de substituir uma moto controversa como a CB300, apresentando melhorias quanto a sua antecessora, mesmo sendo pequenas e em pouca quantidade.




3 comentários:

  1. Creio que a avaliação do escritor quanto à CB300 é puramente fundamentada em passagens da internet, qualquer motocicleta que não cumpre com todas as manutenções vai quebrar no local mais frágil, no caso da CB300 motor.

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  2. Análise perfeita, se eu escrevesse sairia igual!

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  3. o caso da cb300 é a especificação de oleo que é pra clima europeu temperado e aqui é tropical, isso aliado a menor espessura das paredes do cilindro, a manutenção porca da honda onde não sabem nem trocar o óleo direito e ainda por cima escreve um manual cheio de margem a interpretações burras. Simplesmente mataram uma ótima moto.

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